sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Boletim de Novembro de 2008

Conscientizar é preciso

Depois do ocorrido nos últimos dias 03, 23 e 24 de outubro não é exagero dizer que está perigoso transitar nos arredores do edifício Olinda. Por volta das 20h30 do dia 24, um casal que havia estacionado o carro na rua Gravataí em frente ao prédio para assistir a uma das peças de teatro das Satirianas, encontrou, ao retornar, o teto do veículo afundado e cacos de vidro espalhados ao redor. Haviam jogado uma garrafa de cerveja por uma das janelas do prédio atingindo em cheio o capô do veiculo. As pessoas que estavam na pizzaria em frente disseram que a sorte foi a garrafa ter batido no lado do motorista e os cacos voado no sentido da rua, pois senão teriam atingido elas mesmas sentadas nas mesas. O estrago no carro foi grande e o casal deixou claro que irá reclamar o prejuízo ao condomínio em ação judicial. Eles tiraram fotos tanto do automóvel como do prédio e colheram testemunhos com essa finalidade.
Seria possível até pensar que a garrafa caiu acidentalmente. Alguém, ao colocá-la no parapeito da janela, por descuido esbarrou na garrafa e ela caiu. Ainda assim, seria uma irresponsabilidade colocar, mesmo que por instantes, uma garrafa de vidro no parapeito da janela com o risco de cair. Porém, ao que tudo indica, a coisa é bem pior. A pessoa pode ter agido intencionalmente. Alguns fatos anteriores nos levam a considerar essa possibilidade.
Na madrugada anterior, o carro do Sr. Jorge, ex-zelador do prédio e do Sr. Junior, ex-porteiro, também foram atingidos por garrafas de cerveja jogadas pelas janelas. Isso ocorreu por volta das 5h00 da manhã, quando o Sr. Jorge pediu ajuda ao síndico para tentar identificar o apartamento de onde as garrafas possivelmente teriam sido jogadas.
Num prédio como o nosso, com grande quantidade de janelas, e todas tão próximas umas das outras, essa é uma tarefa praticamente impossível. Levantam-se suspeitas, mas não se têm elementos concretos para uma acusação. Enquanto não se descobre o autor ou autores dessas agressões, o vilão fica sendo o condomínio como um todo. Cada vez mais o prédio ganha a fama de um local de baixo nível, onde moram pessoas que põem em risco a vida dos outros.
Queremos mudar essa imagem, pois ela não representa o comportamento da maioria dos condôminos. Uma das formas que acreditamos e, talvez, a única da qual dispomos para conseguir isso é a conscientização. Vamos continuar levando a público os casos de agressão e vandalismo por parte de condôminos que se protegem no anonimato, e, alertando para as conseqüências e riscos de seus atos, esperar que assumam uma atitude mais responsável para com a coletividade e o ambiente em que vivem.
Essa é inclusive a expectativa da nossa vizinhança, por exemplo, da direção da escola Caetano de Campos, dos taxistas e da proprietária e moradora da casa vizinha ao nosso prédio na Rua João Guimarães Rosa, que tem sido alvo constante de objetos atirados por nossas janelas. Para citar apenas o último evento, no dia 03/10 ela mal pôde dormir. Foram três ligações durante a madrugada pedindo ao síndico que a ajudasse a identificar quem estava jogando objetos pesados sobre a sua casa. Novamente, a busca foi em vão. No dia seguinte ela trouxe os objetos que encontrou no telhado: um pedaço de pau, de um metro aproximadamente, garrafas PET com água, cacos de pratos e xícaras e uma quantidade de lixo suficiente para encher um saco. Ela diz que tem sido tolerante até o momento, acreditando no diálogo para solucionar o problema, no entanto, se isso não funcionar, irá tomar uma atitude mais drástica, especialmente se essas agressões machucarem alguém em sua casa. “É compreensível que uma peça de roupa caia do varal nas janelas e vá parar em meu telhado, mas paus e pedras... É demais! Isso já configura agressão e cabe medida judicial”. – ela diz.
Diante de tantas ocorrências e para evitar que algo mais grave aconteça, fica o apelo de que não joguem absolutamente nada pelas janelas do prédio, nem mesmo uma bituca de cigarro, e, ainda, que tomem todo o cuidado possível com objetos que portam quando estão na janela de seus apartamentos, para que não caiam sobre as pessoas e carros na rua. Finalmente, recomendamos que, por precaução, não deixem seus carros estacionados no entorno do prédio.
Esforços no sentido de melhorar a convivência e valorizar o edifício estão sendo feitos, mas a ameaça de atos de vandalismo está sempre presente. Uma das preocupações atuais é a depredação das botoeiras dos elevadores nos pavimentos. Como todos sabem, estamos investindo na modernização dos elevadores e isso envolve a troca dessas botoeiras. Como evitar que elas sejam destruídas como foram num passado recente? Deve-se espalhar câmeras por todo os prédio para vigiar as pessoas? Vamos seguir a lógica da sociedade vigiada? Na verdade, não temos muita escolha, pois a solução da vigilância representa um custo extremamente alto. Vamos, ao invés disso, investir primeiramente na conscientização das pessoas para que zelem pelo local onde moram. Se isso não der certo, então, será necessário adotar formas de controle e vigilância.

Como você avalia o trabalho do Síndico e de sua equipe?

Você participa da reciclagem de lixo do condomínio?